quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Como surgiu o Electro Body Music ((( EBM )))


Como me pediram, vamos agora falar dos caminhos que o Eletro percorreu entre os fins dos anos 80 e o começo do século XXI: 



Por volta de 1986/87, sonoridades como o Electro-Funk (hoje conhecido como Electro Old-School) ou os diferentes gêneros de Electro-Disco (como o Hi-NRG, o Italo-Disco ou o NY Disco típico de produtores como Larry Levan) começaram a ser postos um pouco de lado devido á cada vez maior força de estilos como o Hip-Hop (estilo Run DMC, Public Enemy, De La Soul ou Eric B & Rakim, que vieram subsistuir um Hip-Hop de teor mais electrónico por um de teor um pouco mais orgânico, muito baseado em "samples" de temas de Soul e de Funk dos anos 60/70), o House e o Techno. Claro que o Electro-Funk, o Electro-Disco e o Electro-Pop influenciaram fortemente tanto o House como o Techno, mas a convivência entre ambos os estilos parecia um pouco complicada, e no fundo tanto o House como o Techno eram como que evoluções ou derivações desses estilos.


Ao mesmo tempo o movimento da Electronic Body Music (EBM) continuava bastante forte, com nomes como Nitzer Ebb, Front 242, Skinny Puppy, The Neon Judgement,etc. Este era um movimento que derivava tanto do Electro-Pop, sobretudo dos Depeche Mode ou dos D.A.F. , como dos projectos mais Electro-Industriais como os Cabaret Voltaire ou os Throbing Gisttle. Era uma sonoridade electrónica bastante agressiva, com letras muito agressivas e até belicistas, era quase como o "Heavy-Metal" da música electrónica. Ouvir temas como Join In The Chant dos Nitzer Ebb, No Shuffle dos Front 242 ou TV Treated dos Neon Judgement para conferir. O movimento EBM também esteve na origem do chamado New Beat, quando numa qualquer discoteca belga, em meados dos anos 80, DJs como Marc Grouls ou Olivier Peters começaram a tocar a 33 rotações em vez das recomendadas 45 um tema de EBM , o Flesh dos A Split Second, dando assim mais ênfase ao baixo e ao "beat" e menos ás vocalizações. A partir muita gente começou a procurar e a tocar discos, fossem eles electrónicos, de pop/rock ou Disco-Sound que soassem bem a 33 rotações, ou que na sua velocidade normal conseguissem emular essas sonoridades. Daí até se começarem a produzir discos que emulavam o que se ouvia nas pistas de dança foi um rápido passo, e até se começar a tocar discos de New Beat com outros de EBM, House, Acid-House e Techno foi também um rápido passo...Conferir temas de New Beat como Snowy Red- Euroshima/Wardance, Boytronic- Bryllyant, 16-Bit- Hi-Score, PLB System- Artificial Defense (Esta Loco) , Jade 4 U -Rainbows ou Amnesia-Ibiza. Também surgiram híbridos engraçados entre New Beat e Acid-House, como Ecstasy Club-Jesus Loves The Acid ou Lords Of Acid- Hey-Ho!. E cedo começou a hibridização entre o New Beat e o House e o Techno, que criou novos subgéneros...até ao New Beat tal como o conhecíamos ter desaparecido nos inícios dos ano 90.




O Electro-Funk, apesar de até 1987 ter continuado a existir com produções de Mantronix ou de Davy DMX, e até com êxitos como Push It das Salt n Pepa ou Supersonic das J.J. Fad, perdeu algo da sua força, mas continuou a ter relevância na quente cidade de Miami inclusivé até aos dias de hoje, com a designação Miami Bass, com produtores como Dynamix II, Bass Mekanik ou Luke Campbell dos 2 Live Crew, e com letras bastante eróticas (quando não pornográficas mesmo...). Também existe a versão mais vanguardista deste movimento, através de produtores como Phoenicia ou Richard Devine. O Electro-Funk também continuou a ter relevância na cidade mãe do Techno, em Detroit. Estetas como os Underground Resistance de Mike Banks, os Drexcya, os Octave One, os AUX-88, Le Car, Dopplereffekt, Adult. ou o Will Webb continuaram a fazer temas de Electro fortemente influenciados pelo Electro-Funk (e não só...), em conjunto com trabalhos mais próximos do Techno, em labels como a UR, a Ersatz Audio, a Planet E ou a 430 West. Em Detroit surgiu também o GhettoTech, com nomes como DJ Assault ou DJ Godfather, que são como o equivalente de Detroit ao Miami Bass. Estetas britânicos mais ligados ao Techno e á música electrónica em geral como Andrew Weatherall, Aphex Twin, Ed DMX, Advent, Dave Clarke, Radioactive Man, Octagon Man a.k.a. J. Saul Kane ou Jedi Knights continuaram a produzir temas de Electro, e no caso de Dave Clarke ou Octagon Man, até a editar compilações que mixavam temas mais Old School com coisas novas, na já mítica série Electro-Boogie da K 7. Também na Holanda estetas como I-F ou Legowelt começaram, nos finais dos anos 90, a editarem temas influenciados tanto pelo Electro mais Old-School como pelo Italo-Disco (ouvir o magistral Space Invaders Are Smoking Grass do I-F), e surgiram labels como a Clone ou a Viewlexx, e na Alemanha Anthony Rother começava na mesma altura a editar trabalhas fortemente influenciados tanto pelo Electro mais Old School como pelo Electro-Pop.E também na Alemanha DJ Hell cria a sua label, a International Deejay Gigolos, que também vai editar tanto projectos de Techno, como de Electro, seja de produtores de Detroit, seja de produtores europeus.Não esquecer também a editora alemã Disko B.Na Austria era criada a label Cheap, de Gerard Potuznik, que também editava sonoridades ligadas ao Electro. Também em Nova Iorque Morgan Geist começava a dar os primeiros passos ao construir sonoridades que tanto deviam ao Electro-Disco como ao Techno de Detroit, fosse a solo, fosse com o seu projecto Metro Area. Foi também no fim dos anos 90 que Trevor Jackson criou a "label" Output.E o fenómeno Big Beat também referenciava o Electro, em projectos como os Freestylers.



Por outro lado, na 2ª metade dos anos 90, surgiu o chamado "French Touch", onde produtores franceses como Daft Punk, Air, Etiénne de Crécy,Mike 303, Alex Gopher ou Dimitri From Paris começaram a ganhar relevo na "dance-scene" internacional. Apesar de o "French Touch" ser fortemente associado ao Disco-Sound, por ser uma das mais fortes fontes de inspiração desse movimento, a verdade é que também muitos temas de Electro-Funk, de Electro-Disco e até mesmo Electro-Pop eram utilizados na forma de "samples" em muitos desses temas, criando, por assim dizer, as coordenadas para o chamado Electro-House. E não eram só os franceses que faziam isto, a "label" britânica 20/20 Vision também incorporava (e ainda hoje continua a incorporar) nos seus temas fortes influencias das linguagens mais ligadas ao Electro. E os trabalhos iniciais de Mathew Herbert, sobretudo no projecto Dr. Rockit eram também notoriamente influenciados pelo Electro. E foi também no fim dos anos 90 que surgiu o projecto Les Rhythmes Digitales, de Jacques Lu Cont (nome verdadeiro Stuart Price) que também misturava sem qualquer problema House, Electro e Breakbeat. Isto é notório, ao ouvir-se os seguintes temas: Random Factor-Broken Mirrors, Scott Grooves-Mothership Re-Connection(Daft Punk Mix), Daft Punk- Teachers, Superfunk- Come Back (Supafly Mix), Les Rhythmes Digitales- Jacques You Body (Make Me Sweat) ou Air-Sexy Boy. Também em França, na mesma altura, mas áparte do fenómeno "French Touch", The Hacker e Miss Kittin começavam a dar os primeiros passos em termos de produções. O hoje famoso Champgne E.P. que traz o tema Frank Sinatra foi editado pela Gigolo ainda durante os anos 90... 

O Electro-Pop, em contrapartida, continuou com bastante visibilidade, e nomes como Depeche Mode, Erasure, Pet Shop Boys, Electronic (um projecto que juntava Bernard Summer dos New Order com Jonhy Marr dos Smiths) e New Order continuaram a ter êxito durante os anos 90, embora tenham por vezes editado albúns em que o Electro-Pop se miscigenava com outros estilos. O caso de maior sucesse durante os anos 90 foram os Depeche Mode, e é curioso ver que os Depeche Mode são idolatrados por pessoas de diferentes géneros musicais, seja do Metal, seja do Techno, seja do House, etc...Se bem que os problemas que Dave Gahan, vocalista dos Depeche Mode, teve com a droga, iam acabando com a banda...Mas felizmente parece que isso é coisa do passado. 

Mas, exceptuando o Electro-Pop, o Electro viveu o fim dos anos 80 e os anos 90 num período de relativa obscuridade...até que em finais de 2000 foram editados os albúns de Chicks On Speed-Will Save Us All e Ladytron-604, e os máxis de Fischerspooner-Emerge e Blackstrobe-Innerstrings.

Se quiserem fazer algum pedido de post sobre o univeso gótico enviem um e-mail para: [gothic.angel.girl@gmail.com], que em breve seu pedido será atendido 
Beijos sangrentos a todos os seres noturnos

Mesmo na Morte (Even in death)



Minha insegurança talvez
Tenha me feito perder muito tempo
Para encontrar um amor verdadeiro!
Estava cega, com a alma em pedaços
Que se espalharam pelo vento
Onde jamais um alguém se importou em juntá-los

Sofri com as dores que o silêncio me trouxe.
As dores de não demonstrar o que sentia
Isso fez minha alma adoecer e aos poucos apodrecer
 com tanto ódio e medo de amar

Mas um anjo entrou em meu coração
E sem menos permissão pedir
Destruiu tudo que ali havia...
O ódio, as dores, a tristeza.
Em ti encontrei o remédio para curar minha alma
Foi em teus olhos que encontrei uma razão
Para lutar e assim voltar a viver.

Tu, meu anjo, tirou-me de uma vida de disfarces
Onde o sorriso de meu rosto era apenas uma máscara
Onde o meu coração vivia a gritar
E tentar se libertar... Mas ninguém ouvia!
Tu, meu anjo, ouvistes minhas suplicas e libertaste-me dos grilhões
Nos quais meus sentimentos estavam presos

Quando estou contigo na noite escura
Tudo se transforma,
A tristeza em felicidade
As dores em prazer
O ódio em um amor puro.
Mas há um sentimento que nasce e nunca muda: o medo
O constante medo de te perder.
Medo de te perder  para a morte cruel
Que te sonda, querendo arrancar-te de mim

Mas meu anjo, quero que saibas...
Mesmo na morte o nosso amor em frente seguirá
E assim crescerá e prevalecerá!

by: Lady Dark † Antonielle (eu)
  

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

As diversidade do Estilo Gótico (((visual)))


 

A maioria dos góticos usam preto como a sua forma de se expressar fisicamente, mas variam em combinações de preto e outras cores. O estereótipo da moda gótica, às vezes denominado como visual romântico, apenas se encontra limitado pela imaginação e finanças do indivíduo, e pode muitas vezes incluir trabalhos elaborados de corseterie e conjugações de saias de baile, véus e mantos, utilização de eyeliner muito carregado, verniz preto, redes, cabelo armado e vários “empréstimos” da moda Isabelina e Victoriana. Também são populares as calças de lycra justas, botas de ponta bicuda, camisas de folhos e qualquer coisa que tenha fivelas! De um modo geral, a natureza dos eventos ditará o estilo a adoptar.
Ambos os sexos usam maquilhagem extremamente elaborada. O cabelo normalmente surge em tons de azul/preto. Ainda há que notar a existência de semelhanças entre a base da moda gótica e a maioria da roupa usada pelo black metal, o que pode complicar as coisas no que toca a distinguir os indivíduos de cada um dos estilos. A moda da cultura gótica, evoluindo do espírito do Punk, tem uma forte componente Do It Yourself, ou seja, é comum que a roupa de cada indivíduo seja feita por ele próprio, pois há poucas lojas que vendam acessórios ou roupa deste estilo, e as que vendem são muito caras.
Sendo uma evolução da roupa Punk, a roupa gótica mantém algumas das suas antigas características, como, por exemplo, o hábito de rasgar ou cortar as peças, e depois reparar os “estragos” com alfinetes d’ama ou outros artefactos parecidos, de modo a recriar uma imagem relativa a certos géneros mais conotados com o Punk ou Industrial. Esta técnica cria um efeito de costura descosida, que pode também ser recriado utilizando várias fivelas ao longo da linha de corte”
 
Visual sombrio, com muito preto, maquiagem carregada e pele pálida. Essa série de características são facilmente relacionadas com o estilo gótico, que há tempos influencia a moda com sua estética soturna e misteriosa. Para fazer uma retrospectiva e prestar uma homenagem, o importante museu do Fashion Institute of Technology (FIT), de Nova York, inaugurou nessa semana a exposição 'Gothic: Dark Glamour'. Ao que tudo indica, o visual fará sucesso nos próximos meses.

Tradicional Goth/ Dark wave

 
O estilo mais comum e mais difundido. Veio da década de 80, com fortes traços do visual punk.
Eles costumam gostar de bandas mais tradicionais da cena, como Bauhaus, Sisters of Mercy, Clan of Xymox antigo. Seria, dentro do contexto darkwave, a ala “old school”. Em geral tendem a não considerar muito a existência do electrogoth ou não gostar muito daquela coisa de “ebm-industrial-synthpop” que muitas bandas acabam assumindo.
Visualmente remetem ao visual post-punk, com o uso de muito preto, maquiagem e penteados espetados, influenciados por toda a leva de bandas dos anos 80. Costumam também mesclar roupas de Sado-masoquismo, roupas antigas (como sobretudos, capas e vestidos longos), coturnos, roupas de couro (como jaquetas) e jóias prateadas.
 

Death Rock


O deathrock é a parte da música darkwave mais ligada ao punk. Por conta disso seus fãs mais ardorosos tendem a parecer punks, mas com uma roupagem mais sombria e sinistra.
Grandes nomes do estilo, com Christian Death, Specimen, Alien Sex Fiend são sempre ícones para esse tipo de fã. Bandas novas, como Bloody Dead and Sexy e Tragic Black mostram que o estilo ainda vive e possui energia.
O visual deathrocker é punk. Roupas rasgadas, cabelos moicanos, brincos, coturnos e outras coisas do guarda-roupa punk. É muito fácil confundir um deathrocker com um punk, a primeira vista. Também possuem uma forte preferência por filmes de terror, sobretudo aqueles de baixa produção.
 

Cyber Goth


O cybergótico nasce dentro de uma cena eletrônica.
Suas roupas são bem diferentes das roupas do gótico tradicional, com cores florescentes, néon, misturados com alguma coisa escura. Seu vestiário usa e abusa de temáticas futuristas, pegando idéias até mesmo dos filmes de ficção cientifica.

As bandas proeminentes para esse tipo de gótico são da cena eletrônica. Muitos sequer ouvem alguma coisa próxima do darkwave, exceto talvez por uma banda ou outra. Ouvem muito EBM, Industrial, Synthpop, Futurepop, Noise. Bandas como Das Ich, Front 242, Assemblage 23, Android Lust etc.


Medieval Goth


Esse tipo veio com o advento da música medieval dentro da cena darkwave e com a adoção do termo histórico do gótico.

Essas pessoas possuem um senso de história muito grande e adotam esse conhecimento no seu visual. Roupas simples, vestidos e pouca maquiagem fazem do estilo medieval uma faceta um tanto quanto “fora’ dos outros estilos. Procuram sempre por histórias do período medieval e renascentista. Em termos gerais têm por medieval algumas revisitações do estilo renascentista.

Costumam ouvir bandas que mesclem música medieval com algum ritmo folk e também grupos de ethereal/dreampop.
Bandas com Dead Can Dance, Enigma, Faith and the Muse, Qntal, Love Spirals Downwards. Lovespirals, Love is Colder Than Death etc.

moda alternativa se refere a qualquer estilo que esteja desconectado das chamadas tendências mundiais, domainstream se preferirem. O termo pode se referir a um estilo de vestir de determinados grupos ou subculturas (góticos,punks, hippies). Em alguns momentos, a customização ou personalização de roupas e acessórios se confunde com a própria moda alternativa, visto que representa uma tentativa de diferenciação dentro da moda dominante, que é essencialmente massificada.
A moda alternativa é também uma moda ousada e de personalidade forte, que vem sempre acompanhada de uma determinada atitude, que varia de acordo com o(s) grupo(s) envolvido(s).

Sonho Inconsciente




Nesta noite escura, fria,
senti falta de teus braços
que me aquecem a cada pronunciada palavra
de amor e de carinho,
que saem de teus lábios como labaredas
fascinantemente incontroláveis.

Então fechei os olhos em busca de tua imagem
que me apareceu rapidamente e assim permaneceu.
Sonhei acordada com um beijo teu...
Suaves mãos em meu corpo, teu toque delicado teu beijo furioso e enlouquecedor.
O desejo intenso de te ter ao meu lado naquele instante tomou conta do meu ser!
Inconscientemente.

De um sonho magnífico acordei pensando que aqui estavas,
mas ao olhar ao meu redor, vi apenas o vazio!
Percebi que, então, um sorriso e uma lágrima estamparam meu rosto de felicidade,
mas ao mesmo tempo a saudade me fez dormir
na esperança de te encontrar,
 como nesse sonho que me veio a mente desejando teu ser
a me aquecer, a me consumir
simplesmente a me amar.

by: Lady Dark † Antonielle (eu)

Efêmera Ingratidão

Ah dor, que consome meu ser, Vem até mim, mansamente Para que seu sentir seja menos intenso, Para que não tenhas o prazer em me torturar, E ...