quinta-feira, 10 de março de 2016

Abstinência de Morte



Mente vazia, mãos frias, rosto molhado...
Nada como a sensação da morte perto dos meus dias mais mórbidos
meus sentimentos, sofrimentos constantes que de alguma forma mata a minha solidão
Perfeição que seus abraços me mostraram ao longo dos dias, que sem eles
a abstinência de uma sensação pode matar aos poucos,
como um vício em uma droga extrema
que me dilacerou por dentro e me fez implorar por mais

Um monstro que vaga pela escuridão enquanto a luz da manhã apodrece a alma
sem o merecimento de satisfação de suas vontades
mas que ainda assim são saciadas com verdadeiro vigor que a vida traz consigo.
Uma coisa que só mereceu a morte por muito tempo
mas que encontrou um motivo pra continuar a lutar
mesmo vendo no espelho sua deformidade
seus mistérios escondidos em seus olhos, todos espalhados em seu reflexo
prestes a serem enfrentados cara a cara.
Uma batalha que nunca tivera um fim, enquanto a verdadeira morte não chegar.

Ainda respirando bem, mas esperando com ansiedade pelo ultimo beijo, o eterno
o que acabará com toda a abstinência, toda a dor que molha o meu rosto
que enxarca a repugnância da forma mais sublime que o corpo pode trazer a tona.
Um sacramento a pregar a penitencia da pecadora eterna a ser queimada nas chamas da eterna crueldade.
O desinteresse machuca tanto quando aquela droga que me foi oferecida
e agora aparenta ter se esgotado.
Assim poucos minha dor vai de encontro ao fim!
Mente vazia, mãos frias, rosto molhado... mentiras a serem sussurradas
e assim a ultima dose de seus abraços foi injetada...
e assim me perdi nos braços da morte.

Por: Antonielle † Lady Dark

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